sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

A Casa do Pastel


PASTEL, quem não gosta?
Quem não tem um pastel de estimação guardado nas memórias afetivas?
Quem não tem um pastel de feira pra chamar de seu?

Cá nas plagas crepusculares temos uma pastelaria que está de portas abertas desde 1992. 25 anos [bem]servindo esse salgado frito que é um ícone da cozinha brasileira. 

Ali nas cercanias do terminal urbano, pertinho da Ademar de Barros, no bochicho do comércio popular, está fincada A Casa do Pastel, capitaneada pelo multitarefas Marco Antonio Moraes.

Jornalista de alma e de diploma, Marco, hoje também professor da UniFAE e assessor de imprensa da Prefeitura de Águas da Prata, já trabalhou em grandes veículos de mídia. Mesmo rodando por aí, ele nunca deixou a pastelaria, onde a simplicidade das instalações abriga uma preocupação obsessiva com o produto. Farinha de primeira qualidade, fritura na gordura vegetal que proporciona um pastel sequinho, recheios sem miséria e temperos testados à exaustão.

Inaugurar A Casa do Pastel, um quarto de século atrás, foi mais do que empreendedorismo. Marco quis com o negócio, também, manter uma tradição familiar. O pai dele, Antonio Moraes, foi pasteleiro por décadas. No local onde hoje está a UPA, nas imediações do cemitério, seu Antonio foi dono da barraca na qual era ofertado o melhor pastel de feira da província. Moleque inquieto, Marco aprendeu e se apaixonou pelo ofício do pai. 

Vou menos do que gostaria À Casa do Pastel —estacionar no pedaço é um saco—, mas sempre que estou flanando em busca de bugigangas na Chinatown da Ademar de Barros dou uma corridinha para revisitar a digna, longeva e consistente arte pasteleira da família Moraes.


O pastel da foto é um dos campeões de pedidos: Especial, que leva bacon, presunto, mozzarella, milho e catupiry. Um primor entre tantos no apetitoso rol de clássicos e inventivos que contempla 43 sabores.

Nenhum comentário: